Hacred Sall
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 O Ovo

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IDrownFish
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MensagemAssunto: O Ovo   O Ovo Icon_minitimeSex Jan 15, 2010 10:13 pm

O ovo

Mal saía de sua nave gigantesca e metálica, o guerreiro que chegava de terras longínquas pôs-se a observar intensamente o mundo que acabava de conhecer. Sob a copa de uma árvore morta convenientemente posicionada sobre um morro razoavelmente alto, pôde largar a espada que carregava e presenciar a estranha rotina dos caçadores acéfalos que hora corriam apressadamente atrás de sombras de formato písceo, hora se amontoavam em um
pequeno canal preenchido com água que parecia dividir a superfície daquele mundo em dois e petrificavam-se, resignando temporariamente sua mobilidade.

Gostava de se denominar guerreiro, mas o fato é que sua espada há tempos estava aposentada: no dia em que encontrou um jeito de explorar outros mundos, experimentou uma liberdade jamais almejada (e muito menos compreendida) por qualquer outro homem. Essa situação conferiu-lhe imunidade contra qualquer ideal e causa, pois tão logo vislumbrou a vastidão do universo, passou a compreender a futilidade das emoções, e dispensou-as todas exceto a curiosidade. Adquiriu o hábito de observar, hábito que rapidamente se tornou obsessão. Passou a viver para exclusivamente para isso, e não tardou a tornar-se um especialista na arte de conhecer: dissecava realidades, desmistificava fenômenos e desmontava personalidades com a mesma naturalidade com a qual descascava uma banana. Ainda assim, o mundo ao qual acabara de chegar lhe oferecia desafio. Nada, aparentemente, fazia sentido.

Tratava-se de uma ilha. Aquele pequeno mundo, que aparentemente era constituído apenas de água e rocha, era cercado por um mar que se estendia até onde a vista alcançava, o que tornava ainda mais incoerente a necessidade que os caçadores tinham de se amontoar em um espaço tão restrito. A paisagem era uniforme, com vegetação morta (mas não podre) e pedras por todas as partes. Em volta do canal havia construções abandonadas, dispostas de modo a conferir à ilha um aspecto de cidade fantasma. Entre elas, destacava-se uma enorme construção, situada grosseiramente no centro da ilha, e da qual se erguia um imenso telescópio, aparentemente desativado. Não era, à primeira vista, um lugar interessante, mas algo naquele ambiente monótono prendia a atenção do guerreiro, que durante dezenas de horas observou aquela cidade misteriosa. Não que o tempo deixasse marcas ao passar: a única iluminação do local parecia ser um Sol distante e paralisado no horizonte, em um ângulo suficiente para iluminar parcialmente aquela realidade, mas não para aquecê-la.

Após certo tempo, o homem notou uma figura que destoava do ambiente morto a sua volta: uma garota de longos cabelos brancos, feia, e de pálpebras cansadas, se dirigia esporadicamente ao canal e coletava água, a qual era colocada em recipientes longos, mas de diâmetro reduzido. Após observá-la durante certo tempo, concluiu que o planetário era, se não a moradia, o local de repouso da menina, onde ela depositava (ou esvaziava) os recipientes nos quais a água era colocada.

Durante certo período, a garota foi o único objeto efetivamente observado: o guerreiro seguia-a com os olhos, e após pouco tempo já entendia sua rotina, e por dedução, grande parte de sua vida. A primeira coisa que ele notou é que a garota carregava um certo volume sob o vestido, e o que quer que fosse o objeto, este era a única coisa com a qual a garota parecia se importar: carregava-o por todos os lugares, com um zelo exagerado, e jamais abria mão de ter contato físico com esse. O segundo aspecto que o homem achou relevante era relativo à aparência da menina. Ela não era absurdamente feia: a feiúra, na verdade, era imposta, e não inerente a ela. Talvez fosse bonita se fosse feliz. Porém, a rotina sem sentido à qual ela havia se entregado com tanta dedicação havia corroído seu espírito e sua face, os quais mostravam sinais permanentes de fadiga e exaustão. Não que essa exaustão a incomodasse profundamente: o estado semi-hipnótico no qual ela aparentemente se encontrava não permitia reflexão, e provavelmente, concluiu o guerreiro, ela se encontrava presa para sempre em uma rotina massacrante sobre a qual ela jamais pararia para pensar.

Após observar intensamente a ilha, os aspectos que podiam ser deduzidos a partir da pura observação se tornaram escassos, ao mesmo tempo em que as dúvidas do guerreiro se avolumaram, tornando as perguntas acessórios necessários a uma maior compreensão daquele mundo. O problema residia no fato de não haver ninguém, aparentemente, apto a respondê-las, visto que o único ser humano a residir ali se encontrava em um estado semi-hipnótico. O guerreiro, porém, há muito havia feito da observação desse mundo um desafio pessoal, e resolveu agarrar-se à remota possibilidade de conhecê-lo melhor. Ignorando sua escassa chance de sucesso, desceu do morro e aproximou-se da garota.

Nesse momento, ela se encontrava próxima ao canal, coletando água e depositando-a nos recipientes de vidro que sempre levava consigo. Revelando sentidos mais aguçados que o normal, a garota notou o homem que se aproximava logo que este entrou em seu campo de visão, rapidamente virou a cabeça e, olhando-o nos olhos, perguntou:

_Quem é você?

Pego de surpresa, o guerreiro respondeu perguntando a mesma coisa:

_Quem é você?

Os dois calaram-se. Tinham consciência de que nenhum deles sabia a resposta. O homem, então, levantou o dedo e apontou para os caçadores de sombras, que nesse momento repousavam dentro do canal, e perguntou:

_O que são?

A menina rapidamente respondeu:

_São almas, como eu.

A essa altura percebia-se que a garota era inteligente, e definitivamente não estava fora de si. Provavelmente a coleta de água tinha algum fim. A aproximação, porém, permitiu ao guerreiro confirmar a menina era extremamente triste, e seus olhos cansados atestavam sua insatisfação com a situação em que se encontrava. De qualquer forma, os dois continuaram o diálogo, que fluiu livre e rapidamente:

_Mas o que aconteceu com essas almas?

_Não sei ao certo. Um dia, uma delas resolveu empunhar uma vara e pescar as sombras que nadam por aqui, e foi imediatamente seguida por outras. Nenhuma obteve sucesso algum, mas no fim todas acabaram aderindo, menos eu.
_Então elas eram iguais a você?

_Sim.

_Mas por que essas ficam tornam-se temporariamente inertes?

_Elas já são inertes. O que fazem no final da pesca é ganhar rigidez.

Fazia sentido. O homem pensou em perguntar sobre a condição acéfala na qual as almas se encontravam, mas a resposta pareceu-lhe óbvia.
Mudou de tema e continuou fazendo perguntas, que uma a uma eram respondidas. Quando o assunto foi a estranha rotina da garota, porém, esta se limitou a dizer que não fazia idéia do por quê daquilo. Sugeriu que investigassem, e levou o guerreiro ao observatório.

Ao entrar na construção gigantesca, o guerreiro se decepcionou: de observatório, a construção tinha somente a casca. O telescópio não tinha lentes, não havia como operá-lo e o interior do edifício consistia em um enorme espaço vazio, no centro do qual havia uma cama. Do lado dessa, uma coluna metálica crescia e ramificava-se em milhares de estruturas semelhantes a galhos, na ponta das quais haviam recipientes iguais àqueles que a garota usava para coletar água. Um desses se destacava: não estava nem vazio nem carregava água, mas estava preenchido com um líquido vermelho, que lembrava sangue. A garota, que até então andava logo à frente do homem e com as costas viradas para esse, correu até a coluna, guardou os recipientes preenchidos com água que carregava, tirou o objeto de dentro do vestido (um ovo razoavelmente grande, para a surpresa do guerreiro), sentou-se na cama e passou a encarar o homem.

O primeiro impulso que ocupou a mente do homem foi perguntar sobre a estrutura. Após refletir por alguns segundos, porém, entendeu que se a garota pouco sabia sobre o ato de coletar água, dificilmente saberia informá-lo em relação à função cumprida pela coluna. Essa reflexão não tomou muito tempo: alguns segundos depois de assistir a garota retirar o ovo de baixo do vestido, o guerreiro já estava com o olhar fixo nesse, perguntando-se sobre seu conteúdo.
Perguntou à garota em relação ao conteúdo do ovo. Pela primeira vez, porém, ela resistiu a dar uma resposta: disse a ele que revelaria o conteúdo do ovo, caso ele a acompanhasse em sua rotina durante algum tempo. Apesar da vagueza da proposta (não se sabia de quanto tempo estavam falando), o guerreiro decidiu por aceitá-la. E passou a acompanhá-la em sua interminável tarefa de coleta, perguntando-a novamente sobre o conteúdo do ovo cada vez que voltavam ao observatório.

Após algumas dezenas de vezes, porém, ficou claro ao guerreiro que a garota não estava disposta a revelar-lhe o segredo do ovo. Mais, a rotina recém-adquirida estava deixando-o cansado e roubando-lhe a curiosidade. Fazia tempo que não aprendia nada. Aliás, fazia tempo que não tentava aprender algo.
Revoltou-se contra a situação com a mais racional das fúrias. Um dia, quando voltavam para o observatório, o homem avançou sobre a garota e tentou tomar-lhe o ovo. Ela reagiu com tudo que tinha, e só soltou o ovo quando ele a arremessou contra a estrutura usada para guardar os recipientes, derrubando-a e por conseqüência quebrando todos os frascos, exceto o que continha o líquido vermelho. O homem levou o ovo até a árvore sob a qual inicialmente repousara, pegou a espada que tinha abandonado ali, atirou o ovo contra o chão e sobre esse desceu o falo afiado, quebrando-lhe o revestimento e revelando seu conteúdo.
Para a surpresa absoluta do guerreiro, não havia conteúdo: o ovo era apenas casca. Decepcionado, decidiu abandonar aquele mundo. Antes disso, porém, voltou ao observatório, onde tinha deixado a menina desmaiada. Constatou que ela tinha se transformado em vários ovos parecidos com aquele que acabara que quebrar. Ignorando-os, pegou o frasco que continha o líquido vermelho do chão, esvaziou-o, levou-o até o canal e encheu-o de água, por curiosidade. Pela primeira vez deu um sorriso: a água atravessara as paredes do recipiente, justamente como ele havia imaginado.
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Leão Ocupação : Cientista e Técnico em eletrônica

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MensagemAssunto: Re: O Ovo   O Ovo Icon_minitimeQua Jan 20, 2010 11:01 am


Estilo rabuscado ao excesso com demasiado uso de pleonasmos que deixa a leitura escrota.

Alias... porque um "guerreiro" desce de uma "nave" segurazndo uma "espada"? Parece conto de ficção da década de 60... se eu fosse descer de uma nave espacial estaria carregando um analizador auspex, ou então um sensor de UV ou detector de gases letais. A imagem do guerreiro é no mínimo non-sense, você poderia ter colocado qualquer coisa que coubesse, um pesquisador, explorador. Ok ok, ele não é um "guerreiro" mas sim um explorador de mundos... mas pelo que eu leio é ELE quem se considera ainda um guerreiro, mas mesmo assim o narrador o chama de guerreiro... não seria mais inteligente o narrador chama-lo de explorador de mundos? Ficaria algo assim:
- O explorador chegava de terras longinquas.... bla bla bla... sua espada estava a muito aposentada, lembrança de sua vida como oficial da guarda imperial da poderosa Terra mas o orgulho ainda o faz se apresentar como comissário que sempre foi.

Alguns trechos extremamente estranhos de sua história:

"e petrificavam-se, resignando temporariamente sua mobilidade."

MAS NÃO É ÓBVIO? Se eu vou "petrificar" eu irei "resignar temporariamente minha mobilidade" ou seja não irei me mover!

O seu guerreiro chega em uma nave GIGANTESCA e metálica, coisa que óbviamente chama a atenção, porém os "acéfalos caçadores" estão preocupados demais olhando para um riacho ou se jogando na água atrás de uma sombra de peixe.

"Essa situação conferiu-lhe imunidade contra qualquer ideal e causa, pois tão logo vislumbrou a vastidão do universo, passou a compreender a futilidade das emoções, e dispensou-as todas exceto a curiosidade. Adquiriu o hábito de observar, hábito que rapidamente se tornou obsessão."

- Sorry boy, ele ficou imune a ideais e causas (idéias) e por isso ele "deixou de sentir"? Como amante da natureza eu digo exatamente o contrário, fico ainda mais sucetível a ideais e causas e os sentimentos são ainda mais fortes e menos fúteis, o amor que se desenvolve pelo que faz (descobrir, observar) é maior que o amor entre pessoas, você vê famílias que se desfazem por causa disso, ou pais que ficam meses longe dos filhos apenas para conseguir catalogar uma espécie rara de pássaro e ficam mais felizes quando conseguem disso do que quando seu filho diz a primeira palavra.

"A paisagem era uniforme, com vegetação morta (mas não podre) e pedras por todas as partes."

- Sabe aquelas arvores secas e pasto dourado e murcho?aquilo é podridão... não precisa ser um pântano para estar podre, além disso é uma constatação totalmente desnecessária, todos sabemos o que é uma paisagem com vegetação morta, e quem não sabe, a internet está aqui pra isso.

Em volta do canal havia construções abandonadas, dispostas de modo a conferir à ilha um aspecto de cidade fantasma. Entre elas, destacava-se uma enorme construção, situada grosseiramente no centro da ilha, e da qual se erguia um imenso telescópio, aparentemente desativado.

- Cara... na boíssima, algumas das constatações são extremamente confusas, você está dizendo que as casas foram colocadas "naquela posição" para aparentar uma cidade fantasma, e existe posição que faça isso? O.o
- Se a ilha é tão grande como dizer que o telescópio está no centro da ilha? e pior, porque no centro da ilha e não no topo de um morro ou montanha? e pior, porque ele APARENTA estar desativado? se tudo aparenta ser fantasma então você tem total liberdade para dizer que ele está desativado.

se dirigia esporadicamente ao canal e coletava água, a qual era colocada em recipientes longos, mas de diâmetro reduzido. Após observá-la durante certo tempo, concluiu que o planetário era, se não a moradia, o local de repouso da menina, onde ela depositava (ou esvaziava) os recipientes nos quais a água era colocada.

- mude o esporadicamente para "de hora em hora", esporadicamente é algo muito "longo" para um evento tão "breve", dizer que o ônibus quebra esporadicamente não quer dizer que em 1 dia ele vá quebrar 3 ou 4 vezes mas que em 4 dias ele pode quebrar 1 vez.
- Ao invés de "diametro reduzido" diga que são finos... você acabou de falar que são longos então qual a razão de usar termos técnicos para descrever a largura do recipiente. Muito menos é necessário dizer que ela trocava ou esvaziava os recipientes dentro da casa, apenas diga que ela entrava com eles cheios e saia com recipientes vazios

agora esse trecho me deixa boquiaberto com tamanha falta de coerencia com o resto do texto além da falta de lógica demonstrada pela personagem em relação ao objeto (feinha):

"
Durante certo período, a garota foi o único objeto efetivamente observado: o guerreiro seguia-a com os olhos, e após pouco tempo já entendia sua rotina, e por dedução, grande parte de sua vida. A primeira coisa que ele notou é que a garota carregava um certo volume sob o vestido, e o que quer que fosse o objeto, este era a única coisa com a qual a garota parecia se importar: carregava-o por todos os lugares, com um zelo exagerado, e jamais abria mão de ter contato físico com esse. O segundo aspecto que o homem achou relevante era relativo à aparência da menina. Ela não era absurdamente feia: a feiúra, na verdade, era imposta, e não inerente a ela. Talvez fosse bonita se fosse feliz. Porém, a rotina sem sentido à qual ela havia se entregado com tanta dedicação havia corroído seu espírito e sua face, os quais mostravam sinais permanentes de fadiga e exaustão. Não que essa exaustão a incomodasse profundamente: o estado semi-hipnótico no qual ela aparentemente se encontrava não permitia reflexão, e provavelmente, concluiu o guerreiro, ela se encontrava presa para sempre em uma rotina massacrante sobre a qual ela jamais pararia para pensar.
"

Ta, ela é feia pois é triste, justo... eu seria triste se fosse feio, mas isso não tem cabimento aqui, continuando... ele notou que ela carrega por baixo do vestido um objeto que ela tem muito zelo e leva para todo lugar que ela vai... hum... mas ela só vai pra dois lugares, pro riacho e pra casa! E "jamais abria mão de contato físico com ela" fica algo como se ela estivesse agarrada ao negócio sentada no chão balançando a cabeça e falando "precioso, meu precioso"! Feia por opção, e é obcecada por um objeto, não é uma menina, é o Golum! Você pode escrever melhor, alias, por estar debaixo do vestido pode não ser nem mesmo um objeto, você está tirando conclusões agora de coisas que não deveria. Pode ser um furúnculo, um defeito, um pênis, pode ser qualquer coisa.

- "Não que essa exaustão a incomodasse profundamente:" Esse trecho pode ser completamente removido sem causar prejuízos ao conto, muito pelo contrário, irá beneficiar deixando a leitura mais dinâmica além dele ser total[b]mente desnecessário. Você faz o papel de um narrador "não onipotente" a maior parte do tempo e derrepente passa a saber o que incomoda ou não outras personagens, isso é demasiadamente estranho, remova isso que ficará melhor.

"visto que o único ser humano a residir ali se encontrava em um estado semi-hipnótico."

- Ué, e os outros caçadores que ficavam feito palhaços brincando de pega-pega? o que aconteceu com eles?
- O teu personagem principal é um explorador, acredito que humano, o que ele faz num planeta ja descoberto e habitado [por humanos] ?

"Nesse momento, ela se encontrava próxima ao canal, coletando água e depositando-a nos recipientes de vidro que sempre levava consigo. Revelando sentidos mais aguçados que o normal, a garota notou o homem que se aproximava logo que este entrou em seu campo de visão, rapidamente virou a cabeça e, olhando-o nos olhos, perguntou:"

- outra coisa non-sense, sentidos mais aguçados que o normal? Só porque ela notou alguém caminhando na mata seca e quebradiça? Provavelmente os humanos normais devem ser quase surdos de onde vem o seu "guerreiro".

"Quem é você?

Pego de surpresa, o guerreiro respondeu perguntando a mesma coisa:

_Quem é você?

Os dois calaram-se. Tinham consciência de que nenhum deles sabia a resposta. O homem, então, levantou o dedo e apontou para os caçadores de sombras, que nesse momento repousavam dentro do canal, e perguntou:
"

- A amigão, forçou a amizade agora né! Os dois falam a mesma língua (ok ok, aceitável, mas ainda sim estranho), e o homem NÃO SABE QUEM É? A cara, ta de sacanagem comigo? Além de explorador que se acha luchador de lucha libre o cara não lembra quem é! Daqui a pouco vai me dizer que ele é o escolhido!

"_O que são?

A menina rapidamente respondeu:

_São almas, como eu."

- Nossa, o cara ta tendo um contato com o sobrenatural! sinistro, agora ele vai pegar a espada e cortar a cabeça dessa wraith e livar o mundo da ameaça fantasma!

"A essa altura percebia-se que a garota era inteligente, e definitivamente não estava fora de si. Provavelmente a coleta de água tinha algum fim. A aproximação, porém, permitiu ao guerreiro confirmar a menina era extremamente triste, e seus olhos cansados atestavam sua insatisfação com a situação em que se encontrava. De qualquer forma, os dois continuaram o diálogo, que fluiu livre e rapidamente:"

- A garota diz que é uma alma e você me fala que ela não está fora de sí? A curiosidade do rapaz foi substituida pela insanidade?

"_Mas o que aconteceu com essas almas?

_Não sei ao certo. Um dia, uma delas resolveu empunhar uma vara e pescar as sombras que nadam por aqui, e foi imediatamente seguida por outras. Nenhuma obteve sucesso algum, mas no fim todas acabaram aderindo, menos eu."

- Vara de pesca? Não eram caçadores? Eu imaginei uns caras de tanguinha segurando arpões! E porque corriam de um lado para o outro se estavam pescando com varas? E pior, como que eles decidiram pegar varas e pescar se aparentemente nem a garota é capaz de deixar de fazer o que faz? Eles fazem o que fazem por que querem então!

"_Então elas eram iguais a você?

_Sim.

_Mas por que essas ficam tornam-se temporariamente inertes?

_Elas já são inertes. O que fazem no final da pesca é ganhar rigidez. "

"temporariamente inertes", você não disse que eles voltaram a se mover depois de fazerem o que fizeram, e inerte quer dizer "sem movimento" então dizer que eles continuam inertes mas ganham rigidez é algo como falar "eles sempre foram duros, mas depois das 4 da tarde eles ficam duros".

E agora para matar de vez com a história o explorador tem um insight absurdo:

"Fazia sentido."

E A MULTIDÃO VAI À LOUCURA!!!!

"O homem pensou em perguntar sobre a condição acéfala na qual as almas se encontravam, mas a resposta pareceu-lhe óbvia."

- Eu queria saber o que que ele considera óbvio...

"Mudou de tema e continuou fazendo perguntas, que uma a uma eram respondidas. Quando o assunto foi a estranha rotina da garota, porém, esta se limitou a dizer que não fazia idéia do por quê daquilo. Sugeriu que investigassem, e levou o guerreiro ao observatório.


- Quem "investigassem"? A Scotchland Yard? Rapaz... reescreva isso pois está totalmente sem sentido, menos sentido que o resto...


Ao entrar na construção gigantesca, o guerreiro se decepcionou: de observatório, a construção tinha somente a casca. O telescópio não tinha lentes, não havia como operá-lo e o interior do edifício consistia em um enorme espaço vazio, no centro do qual havia uma cama. Do lado dessa, uma coluna metálica crescia e ramificava-se em milhares de estruturas semelhantes a galhos, na ponta das quais haviam recipientes iguais àqueles que a garota usava para coletar água. Um desses se destacava: não estava nem vazio nem carregava água, mas estava preenchido com um líquido vermelho, que lembrava sangue. A garota, que até então andava logo à frente do homem e com as costas viradas para esse, correu até a coluna, guardou os recipientes preenchidos com água que carregava, tirou o objeto de dentro do vestido (um ovo razoavelmente grande, para a surpresa do guerreiro), sentou-se na cama e passou a encarar o homem.


- Não há necessidade dela correr, e além do mais... esse é o único trecho que tem algum sentido.


O primeiro impulso que ocupou a mente do homem foi perguntar sobre a estrutura. Após refletir por alguns segundos, porém, entendeu que se a garota pouco sabia sobre o ato de coletar água, dificilmente saberia informá-lo em relação à função cumprida pela coluna.

O Porém está mau posicionado, remova-o, é desnecessário. Você estava perguntando sobre a estrutura e derrepente sua atenção é apenas a coluna... seja mais específico, as vezes PRECISAMOS repetir palavras para que não fique sem sentido.

Essa reflexão não tomou muito tempo: alguns segundos depois de assistir a garota retirar o ovo de baixo do vestido, o guerreiro já estava com o olhar fixo nesse, perguntando-se sobre seu conteúdo.
Perguntou à garota em relação ao conteúdo do ovo. Pela primeira vez, porém, ela resistiu a dar uma resposta:

Use ponto-e-virgula ao invés de dois-pontos.

disse a ele que revelaria o conteúdo do ovo, caso ele a acompanhasse em sua rotina durante algum tempo.

Ok... primeiro ela não sabe o que ele quis dizer quando falou de rotina incessante e agora ela pede que ele o acompanhe em sua rotina incessante... hum... falta de coesão, reveja o texto.

Apesar da vagueza da proposta (não se sabia de quanto tempo estavam falando), o guerreiro decidiu por aceitá-la. E passou a acompanhá-la em sua interminável tarefa de coleta, perguntando-a novamente sobre o conteúdo do ovo cada vez que voltavam ao observatório.

O que acontece no observatório? ela esvazia o vaso, pega água e põem de volta, depois pega outro, esvazia, enche la fora e põem devolta? o que que é?

Após algumas dezenas de vezes, porém, ficou claro ao guerreiro que a garota não estava disposta a revelar-lhe o segredo do ovo.

Esse porém no meio da frase está irritando ja... Você não está dando continuidade para uma oração, está começando uma nova, é totalmente desnecessário ja que você não está refutando nada que acabou de ser dito (afinal, você não está refutando nada dentro da mesma oração! E mais, esse teu porém no meio da frase ja virou lugar comum, está irritantemente repetitivo.

Mais, a rotina recém-adquirida estava deixando-o cansado e roubando-lhe a curiosidade. Fazia tempo que não aprendia nada. Aliás, fazia tempo que não tentava aprender algo.

É MAS! MAS = PORÉM
Mas é um ato de "subtrair", negar, confrontar, o MAIS é o ato de somar!!! Não existe substituto para o MAIS, mas/porém o MAS pode ser substituido pelo PORÉM.

Revoltou-se contra a situação com a mais racional das fúrias. Um dia, quando voltavam para o observatório, o homem avançou sobre a garota e tentou tomar-lhe o ovo. Ela reagiu com tudo que tinha, e só soltou o ovo quando ele a arremessou contra a estrutura usada para guardar os recipientes, derrubando-a e por conseqüência quebrando todos os frascos, exceto o que continha o líquido vermelho. O homem levou o ovo até a árvore sob a qual inicialmente repousara, pegou a espada que tinha abandonado ali, atirou o ovo contra o chão e sobre esse desceu o falo afiado, quebrando-lhe o revestimento e revelando seu conteúdo.

Um DIA? Achei que o sol não se movia, que não havia nada além do dia eterno nesse mundo chato, e o seu rapaz entra numa rotina e que depois de algum tempo ele "se revoltou" com isso? Quer dizer que ele REALMENTE só toma uma atitude depois de UM MÊS fazendo a mesma merda incessantemente? O meu amigão... pode ser um conto, mas esse teu planeta não parece ter muita coisa para comer além da própria garota, que pelo que você disse, não existe.

O falo afiado... evite usar esse tipo de linguagem ok? A palavra "falo" é usado para se denotar objetos em formatos de pênis, apesar de ser a melhor das intenções e não ser essa a forma formal de uso da palavra ela não é mais usada da maneira como você tenta apresentar.

Alias, que fúria irracional do rapaz, se ele não consegue o que quer ele irá tentar matar por isso? Não é um guerreiro/explorador, ele é um psicopata!

Para a surpresa absoluta do guerreiro, não havia conteúdo: o ovo era apenas casca. Decepcionado, decidiu abandonar aquele mundo. Antes disso, porém,

PORÉM DENOVO!!!! E MAIS UMA VEZ NUMA NOVA ORAÇÃO! Use MAS ou então use o PORÉM na mesma oração que a anterior, você não começa gratuitamente uma oração com PORÉM/MAS!!!
AAAAAAAAAAAAAA EU VO ME MATA!!!!1!111one!11ELEVEN!!!!!

voltou ao observatório, onde tinha deixado a menina desmaiada. Constatou que ela tinha se transformado em vários ovos parecidos com aquele que acabara que quebrar.
CONSTATOU? Ele ficou verificando os ovos e disse: - Ela virou um monte de ovos, isso é tão óbvio quanto qualquer outra constatação e obviedade que constatei anteriormente!

O que seria óbvio seria dizer que "onde antes estava ela agora há dezenas de grandes ovos como aquele que acabara de quebrar.

E ele voltou pro observatório por que? poderia dizer que foi num sentimento de culpa por sua raiva insana e tentativa de assassinato e foi ver se ela estava bem.


Ignorando-os, pegou o frasco que continha o líquido vermelho do chão, esvaziou-o, levou-o até o canal e encheu-o de água, por curiosidade.

A claro, a curiosidade era de jogar o líquido vermelho fora, não importa o que fosse aquele líquido! Afinal é mais interessante colocar água num frasco com um líquido misterioso do que descobrir o que é o líquido pois é claro ele é um rapaz interessado por aprender e descobrir coisas novas!

Pela primeira vez deu um sorriso: a água atravessara as paredes do recipiente, justamente como ele havia imaginado.

E PORQUE INFERNOS ELE IMAGINARIA QUE A ÁGUA ATRAVESSARIA AS PAREDES DO RECIPIENTE?

Ta, é uma parábola com o ovo, a alma e o ser humano... que quando vivo ele é um objeto sólido e com conteudo, ao morrer o seu conteúdo (conhecimento/alma) atravessa a casca e deixa o corpo vazio... PORÉM isso não acontecia aos outros frascos de vidro. Aceitável, porém você dá muito menos dicas para se entender algo próximo a isso que deveria.

Arruma o que eu te falei que vai melhorar muito o teu conto... eu acho que tem futuro, mas do jeito que está agora é terrivel.
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MensagemAssunto: Re: O Ovo   O Ovo Icon_minitimeQui Jan 21, 2010 11:16 pm

Você nao pegou a idéia. Mas que seja, eu reconheço que tá foda de pegar.

Vou começar pelo final do seu post e subir gradativamente. Primeiro: Tudo o que se encontrava no mundo levava à decepção. A grande vitória do explorador foi entender isso, e prever de que forma a realidade tentaria decepcioná-lo. Ele não procurou saber qual era o líquido, por que obviamente não ia levar a nada. Ao invés disso, ele esvaziou o copo e encheu-o de água. Porém, contrariando qualquer lógica existente, a água atravessou as paredes do recipiente, algo que ele já havia previsto. No fundo, tudo naquele mundo conspirava para tornar o que viesse de fora extremamente... Como você disse mesmo? Sem gracinha...

O líquido vermelho na verdade faz uma referência ao sangue de cristo derramado, o que denota esperança, vida. Porém essa esperança não segura nem água!

Quando ela se transformou em ovos ele já tinha plena consciência do que estava acontecendo: a garota era tão vazia e sem-gracinha quanto o resto daquele lugar, e tão vazia quanto o ovo.




Quanto a crítica do falo, cara, fala sério. dobre o indicador e o anelar e levante o dedo médio. Observe um pouco para concluir que um pênis é muito parecido com uma espada. Achei essa desnecessária.

O guerreiro se assemelha a um psicopata, sim. Você sabe o que é um psicopata?

Uma pessoa com pouco (se não nenhum) senso emocional. Ele não entende as emoções, portanto faria qualquer coisa para ter o que quer. Nesse caso, conhecimento.

PELO AMOR DE DEUS. Esse mais NUNCA FOI e NUNCA SERÁ um porém, de onde você tirou isso? olha a estrutura da frase! Olha o "i" no meio da palavra! Esse mais indica ADIÇÃO! Leia as duas frases anteriores. Não tem nada em uma que negue a outra, a garota não lhe revelava o segredo do ovo E ainda por cima ele não aprendia nada. Foi a soma desses fatos que o levou à reação agressiva. Confundir mas com mais... Eu mereço essa.

O porém é questão de opinião, não tem nada gramaticalmente errado em relação a ele. E sim, estou sempre refutando algo. Exemplo: ele ia perguntar a coisa X porém não o fez por que entendeu que não seria útil.

A garota não está fazendo nada com os frascos. Ela pendura, esvazia, enche de novo. Qual o sentido disso? NENHUM! E é isso que torna tudo inútil e sem graça, um problema para o nosso explorador

Aliás, gostei da idéia de chamá-lo explorador de vez em quando. A única modificação plausível que você propôs até agora é essa.

É óbvio que a garota sabia o que estava fazendo! Ela enganou o guerreiro dizendo que não sabia o sentido daquilo, o que ela queria é ter mais um elemento sombrio e monótono no mundo de merda que eu criei. Ela sugeriu que investigassem para o guerreiro acreditar que ela também gostava de conhecer.

Quanto à inércia/rigidez: eles são mentalmente inertes sempre, por isso não têm cabeça. Porra, isso todos os meus amigos entenderam. A rigidez é corpórea dentro do texto, e a inércia, não necessariamente. Foi isso que a garota quis dizer. E sim, fazia sentido.

O narrador nesse caso não é onipresente. Eu nunca disse que a rotina não incomodava: eu disse o que o guerreiro achava disso. Não fiz distinção entre o meu pensamento e o dele durante o conto.

O narrador chama ele de guerreiro por que ele se acha guerreiro. Lol. Essa tava fácil demais. Ele gostava de se demoninar guerreiro, por isso o narrador o denomina assim, porém ele sabe que o fundo deixou de ser um, por isso o narrador sabe disso.

A necessidade de referir-se a si mesmo como guerreiro é o último traço que ele tem de normalidade, uma mania terrena, que por algum motivo escapou da aniquilação que a mente extremamente lógica do guerreiro impôs às emoções.

Quanto à primeira frase, já leu Gabriel Garcia Marquez? É perda de tempo perguntar, então eu vou explicar: esse nobel da literatura é um ídolo meu, e escreve tudo pleonasticamente, dificilmente usa linguagem corriqueira e direta, e dificilmente economiza em descrições. Você pode não gostar, mas isso é questão de opinião. O Matt não achou a leitura escrota. Se quiser chamar de longa, lenta, tudo bem, mas escrota, não.

Termino aqui. Leia com cuidado. Não é a primeira vez que você lê para falar mal, e nem tenta entender algo. A confusão que você fez com mais e mas mostra exatamente isso, afinal de contas, eu sei que burro você não é.
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MensagemAssunto: Re: O Ovo   O Ovo Icon_minitimeSex Jan 22, 2010 1:10 am

IDrownFish escreveu:
Você nao pegou a idéia. Mas que seja, eu reconheço que tá foda de pegar.

Vou começar pelo final do seu post e subir gradativamente. Primeiro: Tudo o que se encontrava no mundo levava à decepção. A grande vitória do explorador foi entender isso, e prever de que forma a realidade tentaria decepcioná-lo. Ele não procurou saber qual era o líquido, por que obviamente não ia levar a nada. Ao invés disso, ele esvaziou o copo e encheu-o de água. Porém, contrariando qualquer lógica existente, a água atravessou as paredes do recipiente, algo que ele já havia previsto. No fundo, tudo naquele mundo conspirava para tornar o que viesse de fora extremamente... Como você disse mesmo? Sem gracinha...

Ai meu santo saco que carrega minhas bolas... o rapaz ficou sentido com a crítica... Alias... eu não usei "sem-gracinha" em momento algum.

Realmente não peguei a idéia de "tudo nesse lugar leva à decepção" pois não houveram muitas decepções... exceto no momento que você disse, aí sim que veio o "nossa, pior, ele se decepciona pois nada parece fazer sentido pra ele" pois realmente nada faz... uma forma simples de dar um sentido simples a algo aparentemente sem sentido... é... não ficou ruim.

Citação :


O líquido vermelho na verdade faz uma referência ao sangue de cristo derramado, o que denota esperança, vida. Porém essa esperança não segura nem água!

a coisa é mais séria que eu pensei... o cara quer fazer referencias religiosas aqui.

Citação :


Quando ela se transformou em ovos ele já tinha plena consciência do que estava acontecendo: a garota era tão vazia e sem-gracinha quanto o resto daquele lugar, e tão vazia quanto o ovo.


ele tinha consciência, porém ELE não é o narrador, você ainda não decidiu que tipo de narrador está usando, em um momento é o narrador "eulirico" em 3ª pessoa (esqueci o nome dos tipos de narradores), em outro momento é onisciente, outros momentos não... isso é extremamente estranho.

Citação :


Quanto a crítica do falo, cara, fala sério. dobre o indicador e o anelar e levante o dedo médio. Observe um pouco para concluir que um pênis é muito parecido com uma espada. Achei essa desnecessária.


Sim, é uma forma de se dirigir a uma espada, falar que é um falo, porém esse termo é mais usado em situações propícias, Machado de Assis usaria a palavra de forma pejorativa ou então dando notações sexuais à situação.

E se quiser ser mais direto ao assunto:

Houaiss

substantivo masculino
1 imagem do órgão reprodutor masculino, esp. a que era carregada nos antigos festivais em honra a Dioniso, tb. dito Baco, para simbolizar o poder gerador da natureza
2 Rubrica: anatomia geral.
o pênis ou o clitóris, ou o órgão embrionário sexualmente não diferenciado que os origina
3 Rubrica: anatomia geral, anatomia zoológica.
m.q. pênis
4 Rubrica: psicanálise.
função simbólica representada pelo pênis


Etimologia
lat. phállus,i 'figura que representava as partes sexuais do homem e que, nas festas de Baco, levava-se como símbolo da geração', do gr. phallós,oû 'pênis'; cp. f.erud. fálus; ver fal(o)-


Alias... a história do dedo do meio tem outra função, hoje é mandar os outros tomarem no cu, porém a versão mais crível do "xingamento" é de quando soldados franceses (guerra dos 100 anos) atacaram uma exercito inglês e os soldados gritavam ameaças, dizendo que cortariam fora os dedos médios dos arqueiros ingleses, em resposta os arqueiros ergueram seus dedos e os mostraram aos franceses mandando-os cumprirem com suas ameaças, óbviamente na história os ingleses vencem essa batalha.

Mas sério, se for usar falo para denotar a espada, faça-o dentro de um contexto que deixe a conotação mais adequada, simplesmente comparar uma espada a um pênis por comparar e esperar que isso adicione em algo ao todo é uma esperança vã.


Citação :


O guerreiro se assemelha a um psicopata, sim. Você sabe o que é um psicopata?

Uma pessoa com pouco (se não nenhum) senso emocional. Ele não entende as emoções, portanto faria qualquer coisa para ter o que quer. Nesse caso, conhecimento.


Tanto sei o que é um psicopata como fiz referencia a isso algumas vezes na crítica... acho que você está tomando muito pessoalmente a crítica defendendo o trabalho ao invés de tentar DESENVOLVER o trabalho.

Citação :

PELO AMOR DE DEUS. Esse mais NUNCA FOI e NUNCA SERÁ um porém, de onde você tirou isso? olha a estrutura da frase! Olha o "i" no meio da palavra! Esse mais indica ADIÇÃO! Leia as duas frases anteriores. Não tem nada em uma que negue a outra, a garota não lhe revelava o segredo do ovo E ainda por cima ele não aprendia nada. Foi a soma desses fatos que o levou à reação agressiva. Confundir mas com mais... Eu mereço essa.

O teu MAIS está mau posicionado, no início de uma oração que parece estar relacionada à anterior que não existe, pois afinal você quebrou a linha, isso me levou a crer que era erro seu.

Citação :
O porém é questão de opinião, não tem nada gramaticalmente errado em relação a ele. E sim, estou sempre refutando algo. Exemplo: ele ia perguntar a coisa X porém não o fez por que entendeu que não seria útil.

Realmente não há NADA de errado com o seu porém, gramaticalmente, porém ele está repetitivo demais, principalmente por estar posicionado no MESMO LUGAR o tempo todo.

"Ele ia perguntar ao zé se estava com fome, porém, o zé não está em casa"
"Ele ia perguntar ao zé se estava com fome, o zé porém, não está em casa"

Como você pode ver, existem formas de "reposicionar" o porém, mesmo que minimamente, dando uma variação à frase e um certo sabor a ela, deixando a uniformidade irritante que é apenas benvinda em textos técnicos e científicos. Alias, em algumas de suas frases você bem poderia começar com Porém, ou termina-la... ou até mesmo remove-la completamente dando melhor aparencia estética...

Citação :

A garota não está fazendo nada com os frascos. Ela pendura, esvazia, enche de novo. Qual o sentido disso? NENHUM! E é isso que torna tudo inútil e sem graça, um problema para o nosso explorador

EXATAMENTE, não tem sentido, porém você em momento algum mostrou que ela esvaziava, apenas que ela chegava com frascos vazios, enchia e colocava na arvore de natal, pegava outro, enchia e colocava na árvore!

Citação :


Aliás, gostei da idéia de chamá-lo explorador de vez em quando. A única modificação plausível que você propôs até agora é essa.


Discordo, releia minhas críticas e verá que apesar de sarcástico e ácido eu apenas apresentei críticas construtivas, é minha marca ser grosseiro, é marca dos humildes entender a crítica... quem entende a crítica é tratado com respeito e cordialidade por mim... sabe por que? porque quando eu sou cordial e respeitoso na primeira crítica o criticado reage com grosserias e desrespeito... eu prefiro poupar-me dos ataques gratuitos e dar motivos, pelo menos assim eu posso falar "pelo menos minha crítica foi construtiva".

Citação :

É óbvio que a garota sabia o que estava fazendo! Ela enganou o guerreiro dizendo que não sabia o sentido daquilo, o que ela queria é ter mais um elemento sombrio e monótono no mundo de merda que eu criei. Ela sugeriu que investigassem para o guerreiro acreditar que ela também gostava de conhecer.

Gostava de conhecer O QUE? Você apenas tentou um gancho para dar continuidade na história, porém esse gancho está muito fraco.

Citação :

Quanto à inércia/rigidez: eles são mentalmente inertes sempre, por isso não têm cabeça. Porra, isso todos os meus amigos entenderam. A rigidez é corpórea dentro do texto, e a inércia, não necessariamente. Foi isso que a garota quis dizer. E sim, fazia sentido.


Inertia non est excusatus

Inercia pode significar tanto ignorancia quanto movimento ou falta dele... um corpo inerte é um corpo sem forças agindo sobre ele, uma mente inerte é uma mente sem "conhecimento"... Um corpo em inércia é um corpo que não está recebendo forças externas. Não é culpa minha que seus amigos conhecem apenas uma forma de inércia.

Citação :


O narrador nesse caso não é onipresente. Eu nunca disse que a rotina não incomodava: eu disse o que o guerreiro achava disso. Não fiz distinção entre o meu pensamento e o dele durante o conto.


ta ta ta... fica 1 semana sem ler o texto, escreve algumas outras coisas e depois dá uma relida LEGAL e você vai entender que em alguns pontos o narrador não sabe o que a personagem pensa e em outros o narrador sabe tudo que acontece.

Citação :


O narrador chama ele de guerreiro por que ele se acha guerreiro. Lol. Essa tava fácil demais. Ele gostava de se demoninar guerreiro, por isso o narrador o denomina assim, porém ele sabe que o fundo deixou de ser um, por isso o narrador sabe disso.


O narrador não toma parte a não ser que ele seja a personagem ou uma terceira pessoa (galvão narrando jogo do corintians)... você toma parte com o narrador.

Citação :

A necessidade de referir-se a si mesmo como guerreiro é o último traço que ele tem de normalidade, uma mania terrena, que por algum motivo escapou da aniquilação que a mente extremamente lógica do guerreiro impôs às emoções.

Como você mesmo disse, ELE é diferente do NARRADOR.

Citação :

Quanto à primeira frase, já leu Gabriel Garcia Marquez? É perda de tempo perguntar, então eu vou explicar: esse nobel da literatura é um ídolo meu, e escreve tudo pleonasticamente, dificilmente usa linguagem corriqueira e direta, e dificilmente economiza em descrições. Você pode não gostar, mas isso é questão de opinião. O Matt não achou a leitura escrota. Se quiser chamar de longa, lenta, tudo bem, mas escrota, não.

Só porque você gosta quer dizer então que a minha opnião é inválida... ta bom, ok... direito seu.

Citação :

Termino aqui. Leia com cuidado. Não é a primeira vez que você lê para falar mal, e nem tenta entender algo. A confusão que você fez com mais e mas mostra exatamente isso, afinal de contas, eu sei que burro você não é.

Como eu disse, foi uma má colocação na tua oração que me fez me perder.

Mas na boíssima cara... tudo que você me fez aqui foi repetir as críticas que eu fiz anteriormente, não tive que defende-las (exceto a do mas/mais que realmente foi um erro meu causado pelas circunstâncias).

Você ainda está muito vidrado no que escreveu, então vamos repassar com calma aqui os pontos fortes e pontos fracos do teu conto.

1 - A idéia final não é muito clara... espiritos ignorantes que fazem sem razão alguma ações sem sentido eternamente.
2 - O lugar é morto, você adicionou apenas um comentário desnecessário, "(mas não podre)", que se for retirado irá dar melhor fluidez ao texto.
3 - O narrador não decide se ele é capaz ou não de saber os pensamentos do explorador, em alguns momentos sim, outros não.
4 - No texto momentos que poderiam dar mais sabor à historia são ao invés disso declaradas como "óbvias" ou "certezas" pelo narrador/personagem.
5 - Sangue de cristo... essa é definitivamente o objeto mais fora de lugar na história. A crença é sua, pode acreditar no que quiser, não me importo com isso, mas pense num ponto de vista externo, é realmente necessário ESSE sentido?
6 - Porém repetidas vezes na mesma posição; Não há nada de errado, é um problema estético e não gramatical, você gosta de leitura, deveria saber que algo com muitas repetições no inicio de frases acaba incomodando.
7 - ; ao invés de : ou . ; Em alguns lugares você pode colocar, você sabe como usa o ";" não sabe?
8 - A garota tem "reflexos sobre humanos", comentário desnecessário, isso denota que o narrador sabe mais do que ele mostra saber durante o resto do texto... ela pode simplesmente ter ouvido o estalo de um galho quebrado
9 - "quem é você" e o explorador ficar sem reação é outra parte estranha... ele não saber se apresentar fica algo sem sentido pois o objetivo da ida dele até a garota era exatamente o de se apresentar e começar a interroga-la.
10 - A garota aparenta demonstra ser mais perspicaz que os outros espiritos apesar de serem como ela... Alias, tão mais perspicaz que ela engana a personagem.
11 - a linha de tempo não bate... o rapaz estaria morto por acaso? ele está a dias indo e voltando com frascos de água.
12 - A curiosidade é a única coisa que resta no homem, porém em alguns momentos finais ele age muito mais emocionalmente do que é movido pela curiosidade.
13 - As constatações de que tudo é óbvio tem que ter sentido... em muitos momentos eu olhei e disse: - É ÓBVIO O QUE? ou - O QUE QUE FAZ SENTIDO?
14 - Use orações mais longas quando necessário... quebras de linha são boas para manter uma boa uniformidade no texto, principalmente textos pequenos, porém nem sempre é necessário fazer uma oração inteira para fazer um contra-ponto.
Algumas vezes o contra-ponto pode ser estabelecido no final da oração anterior e a explicação é seguida na próxima oração; Após uma conveniente quebra linha.
15 - A garota faz menção ao total desconhecimento da rotina e logo em seguida o convida à sua rotina. Uma primeira desculpa dela seria melhor, como se ela dissesse que aquilo é normal, ou que é o que ela faz... uma resposta vazia.
16 - Explore mais a sua personagem, ele por vezes é tomado muito simplesmente como "o guerreiro" quando pode ser tomado como um explorador que cede à antiga fúria guerreira em busca de seu objetivo... sei la... trabalho teu, não meu, acho que você pode melhorar muito ele e dar mais profundidade a ele.
17 - Algumas coisas que poderiam ser deixadas mais misteriosas foram simplesmente "respondidas pelo narrador" que ainda não se decide se é ou não omnisciente.

Bom, se você estiver aberto a críticas e disposto a melhorar seu texto, que ainda tem MUITO para ser lapidado felizmente, então acredito que podemos ser cordiais apartir de então.
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MensagemAssunto: Re: O Ovo   O Ovo Icon_minitimeSex Jan 22, 2010 11:12 pm

Ok, agora que você deixou a ironia de lado e consertou a gafe dos mais (que é parcialmente culpa minha, foi mal >.>) abriu espaço para o diálogo.

Vamos à lapidação!

Vamos aos pontos.

1 - A idéia final não é muito clara... espiritos ignorantes que fazem sem razão alguma ações sem sentido eternamente.

São mais um componente atmosférico, para reforçar a falta de lógica do mundo. Nada é pior para a mente pensante que a estagnação =).

2 - O lugar é morto, você adicionou apenas um comentário desnecessário, "(mas não podre)", que se for retirado irá dar melhor fluidez ao texto.

Porra, tem razão. Eu tentei dizer que não havia vida lá MESMO, nem funguinhos. Quis dar idéia de uma realidade sombria e seca. Mas ficou uma merda, acho que vou tirar.

3 - O narrador não decide se ele é capaz ou não de saber os pensamentos do explorador, em alguns momentos sim, outros não.

Que fique claro que a minha intenção era um narrador que soubesse dos pensamentos do personagem, mas não onipresente. É como se ele estivesse falando de si mesmo, mas acho que no final das contas deu errado. Sugestões?

4 - No texto momentos que poderiam dar mais sabor à historia são ao invés disso declaradas como "óbvias" ou "certezas" pelo narrador/personagem.

Ummmm, não sei, tentei fazer com que ele tirasse algumas conclusões por si só. Exemplo: as almas não tinham cabeça por não terem conhecimento algum, por terem as mentes vazias, daí a obviedade de sua situação.

5 - Sangue de cristo... essa é definitivamente o objeto mais fora de lugar na história. A crença é sua, pode acreditar no que quiser, não me importo com isso, mas pense num ponto de vista externo, é realmente necessário ESSE sentido?

Primeiro de tudo, gostaria de desfazer um equívoco. Eu não sou cristão, usei o sangue de cristo como simbologia por conveniência (até por que é um simbolo bastante universal). Eu achei que não havia nada mais intenso em termos de decepção do que uma promessa de vida eterna que não segura nem água... Acho que isso é questão de opinião.

6 - Porém repetidas vezes na mesma posição; Não há nada de errado, é um problema estético e não gramatical, você gosta de leitura, deveria saber que algo com muitas repetições no inicio de frases acaba incomodando.

Então o incômodo é o problema! Gostaria de dizer que é simplesmente questão de opinião, mas infelizmente você não é o primeiro a apontar esse defeito. Vou procurar corrigí-lo.

7 - ; ao invés de : ou . ; Em alguns lugares você pode colocar, você sabe como usa o ";" não sabe?

Infelizmente, sei, apesar do uso de não ter o hábito de fazê-lo. Aliás, é isso: questão de hábito.

8 - A garota tem "reflexos sobre humanos", comentário desnecessário, isso denota que o narrador sabe mais do que ele mostra saber durante o resto do texto... ela pode simplesmente ter ouvido o estalo de um galho quebrado

A verdade é que a visão do narrador é uma visão parcial, e favorável ao guerreiro. Como eu disse anteriormente, é como alguém contando a história de si mesmo, porém em terceira pessoa. Mas em nenhum momento deixei isso claro.

9 - "quem é você" e o explorador ficar sem reação é outra parte estranha... ele não saber se apresentar fica algo sem sentido pois o objetivo da ida dele até a garota era exatamente o de se apresentar e começar a interroga-la.

Ele concluiu que não sabia sobre si mesmo o tanto que achava saber. Guerreiro? Explorador? Psicopata curioso? Ele não sabia.

10 - A garota aparenta demonstra ser mais perspicaz que os outros espiritos apesar de serem como ela... Alias, tão mais perspicaz que ela engana a personagem.

Eu honestamente não sei se ela estava dizendo a verdade. Provavelmente, não estava. Se for perguntar minha opinião, ela foi a primeira a pegar a vara de pesca.

11 - a linha de tempo não bate... o rapaz estaria morto por acaso? ele está a dias indo e voltando com frascos de água.

Aspectos terrenos foram descartados. A garota também teria morrido após alguns dias sem PN pra comer. Não estamos falando de um mundo como o nosso...

12 - A curiosidade é a única coisa que resta no homem, porém em alguns momentos finais ele age muito mais emocionalmente do que é movido pela curiosidade.

A visão do narrador é parcial. Se a mania de se denominar guerreiro continua, algo de guerreiro continua lá. O narrador admitiu que o guerreiro se revoltou com fúria, mas que foi racional ainda assim. isso faz sentido para você? A verdade é que ele não conseguiu se livrar completamente das emoções.

13 - As constatações de que tudo é óbvio tem que ter sentido... em muitos momentos eu olhei e disse: - É ÓBVIO O QUE? ou - O QUE QUE FAZ SENTIDO?

Me aponte esses trechos e me explique por que não faz sentido. Eu, tendo criado aquele mundo, talvez tive dificuldade em decidir o que para o leitor seria óbvio e o que não seria.

14 - Use orações mais longas quando necessário... quebras de linha são boas para manter uma boa uniformidade no texto, principalmente textos pequenos, porém nem sempre é necessário fazer uma oração inteira para fazer um contra-ponto.

Eu me sinto extremamente incomodado com orações longas. Não necessariamente com frases longas, mas orações longas definitivamente. Para mim a leitura ficou extremamente confortável, mas não necessariamente para outras pessoas. Quanto aos contrapontos de uma oração inteira, vou procurar evitá-los às vezes.

15 - A garota faz menção ao total desconhecimento da rotina e logo em seguida o convida à sua rotina. Uma primeira desculpa dela seria melhor, como se ela dissesse que aquilo é normal, ou que é o que ela faz... uma resposta vazia.

Eu juro que tentei pensar em uma desculpa melhor, e não consegui. Aliás, quando eu finalizei o texto, foi o unico problema do qual tive consciência completa. Vou pensar mais depois...

16 - Explore mais a sua personagem, ele por vezes é tomado muito simplesmente como "o guerreiro" quando pode ser tomado como um explorador que cede à antiga fúria guerreira em busca de seu objetivo... sei la... trabalho teu, não meu, acho que você pode melhorar muito ele e dar mais profundidade a ele.

NOT@!!11um!!

Gostei mais assim... Ele tem certa profundidade, e de fato cedeu à fúria, mas não senti necessidade de deixá-lo mais complexo.

17 - Algumas coisas que poderiam ser deixadas mais misteriosas foram simplesmente "respondidas pelo narrador" que ainda não se decide se é ou não omnisciente.

Mesma coisa do item 13. Vou precisar que você me aponte essas situações.



Aliás, odeio ironia. Peço que evite XD.

Citação :
"Discordo, releia minhas críticas e verá que apesar de sarcástico e ácido eu apenas apresentei críticas construtivas, é minha marca ser grosseiro, é marca dos humildes entender a crítica... quem entende a crítica é tratado com respeito e cordialidade por mim... sabe por que? porque quando eu sou cordial e respeitoso na primeira crítica o criticado reage com grosserias e desrespeito... eu prefiro poupar-me dos ataques gratuitos e dar motivos, pelo menos assim eu posso falar "pelo menos minha crítica foi construtiva"."

Pfff, não seja ácido na primeira crítica, atacar primeiro sux.

Seja humilde primeiro, é difícil receber bem uma crítica jogada com aspereza.
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MensagemAssunto: Re: O Ovo   O Ovo Icon_minitimeSáb Jan 23, 2010 12:54 pm

Não costumo ser humilde enquanto faço críticas ;)
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