"Antes de tudo, quero deixar claro que não sou fumante. Não gosto do cheiro do cigarro e nem do gosto. Mais ainda: sou alérgico a cigarros. Entretanto, creio que o ato de fumar tornou-se, nesses tempos modernos, uma espécie de mensurador das liberdades que um indivíduo possui na sociedade em que vive.

(...)

Um político eleito não deve ter o poder de decidir qual fatia da sociedade deve receber qual tipo de privilégio. Se o dono de um estabelecimento comercial quer oferecer seus serviços para tabagistas, por que ele deve ser proibido? Da mesma forma, se ele não quiser ter tabagistas entre seus clientes, por que forçá-lo? Por que tanto desprezo pela liberdade? Afinal, o empreendimento tem dono e é propriedade privada. Cabe apenas ao proprietário tomar suas decisões — assim como o faz qualquer pessoa em sua residência.

Logo, se um fumante quer frequentar um restaurante ou bar para poder fumar e comer em paz, sem ser discriminado, ele deve poder ter a liberdade de escolher um estabelecimento que ofereça este conforto. Essa escolha, entretanto, é completamente aniquilada — tanto para o empreendedor quanto para o consumidor — quando parasitas se arvoram o direito de legislar sobre conduta moral. Os indivíduos são obrigados a se submeter a leis que, de início, eles podem até aceitar, mas que, com o tempo, irão acabar se rebelando contra, assim como ocorreu com a Lei Seca."

trecho de 'Sobre a Liberdade de Fumar', http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=875

Como no caso acima, não sou fumante, mas sou absolutamente contrário ao modo como o antitabagismo tem interferido com as liberdades das pessoas. Não é de pouca coisa que estamos falando aqui - aqueles que fumam em São Paulo hoje só podem fazê-lo na rua e onde chove; nem mesmo se abrigar debaixo de toldos lhes é permitido. E de modo completamente bizarro, quem paga o pato pela desobediência sequer é o próprio indivíduo fumante, mas o dono do estabelecimento, que se vê obrigado a pagar pesadas multas por uma situação em que ele mesmo muitas vezes sequer tinha conhecimento que existia.

É claro que tem muita gente que não gosta de cigarro. Quantas vezes não ouvi "tá certo, tem que proibir mesmo: não suporto fumaça de cigarro"? Ocorre que só defender a liberdade quando a coisa nos agrada não é defender liberdade alguma, mas olhar para o próprio umbigo apenas. A verdadeira defesa da liberdade é aquela que se dá sobre coisas que até a nós mesmos desagrada, mas que nem por isso podem ser suprimidas.

Vídeo complementar:

Eu mesmo não suporto cigarro, mas também concordo com isso aí.

Falando bem egoísta, ter restaurantes que aceitem fumantes e outros que não aceitem é até melhor que separa todos eles, mas sou contra os que tem a área de fumantes PORQUE VEM DE QUALQUER JEITO PRO LADO DOS OUTROS. Além de que proibindo todos os lugares, o povo sempre vai fumar em lugares escondidos e em banheiros quando for possível, atrapalhando quem não tá la pra isso.

E também sendo justo, eles tem o direito de fazer oq quiser consigo mesmo, desde que não prejudica o outro. E nos toldos tem que apagar o cigarro sim, pqp não pode ficar sem fumar um minuto e prefere ficar na chuva? >::

http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,anvisa-aprova-proibicao-da-venda-de-cigarros-com-sabor-em-todo-o-brasil,847939,0.htm

Citação :

Anvisa aprova proibição da venda de cigarros com sabor em todo o Brasil

A diretoria da Anvisa foi unânime na decisão após mais de um ano de debates sobre o tema. O prazo estipulado pela agência para as empresas se adequarem à nova medida é de 18 meses para cigarros e dois anos para outros derivados do tabaco, como charutos e cigarrilhas. Produtos para exportação não precisam fazer alterações.

De acordo com a Anvisa, substâncias como cravo, mentol e outras que potencializam a ação da nicotina no organismo, como ácido levulínico, teobromina, gama-valerolactona e amônia, não poderão ser mais acrescentados na produção de cigarros. Com isso, a agência espera reduzir o número de novos fumantes, pois o sabor seria o que chama a atenção de jovens que começam a fumar.

http://www.ordemlivre.org/2012/03/quem-segura-o-impeto-proibicionista-da-anvisa/

Citação :

Quem segura o ímpeto proibicionista da Anvisa?

Para a Anvisa, os cigarros aromatizados são armas da indústria tabagista para atrair consumidores jovens, mas os braços da agência não param de avançar sobre as escolhas dos adultos.

Pode não parecer, mas indústria fabricante de cigarros é legalmente estabelecida, é sujeita a regulamentação estatal e uma das normas proíbe a venda de cigarros a menores de 18 anos. Mas para os defensores da proibição, a regulamentação é insuficiente. Ela apenas garante que crianças não comprarão cigarros, mas nada as impede de consumi-los. O cigarro mentolado é “uma arma da indústria para atrair as crianças”, argumentam. Sem a proibição, adultos inescrupulosos poderiam comprá-los legalmente e repassá-los às crianças.