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Assunto: Hacredão #3 04.12.2011 Dom Dez 04, 2011 12:20 pm
A edição de hoje virá capenga, que o Eurritimia não quis escrever o artigo dele e o Lani sumiu e ninguém viu.
Em compensação, vou colocar 2 artigos do Gabs.
Política / Economia:
Spoiler:
Tinha que ser no nordeste! por Gabs
Vocês já devem ter ouvido falar na bitributação, mais especificamente do ICMS que anda acontecendo por aí(nordeste). Se não sabe do que se trata, é simples: eles querem mais dinheiro pros bolsos deles, que eles acusam "estar fugindo" do estado dos moradores que compram produtos virtualmente de outro estado, estado esse que recebe todo imposto.
Agora você deve pensar: "po, mas dividir o imposto arrecadado entre o estado de origem do produto e o do morador não é tão errado assim, é justo." Mas os cretinos não falam em dividir. Nada disso, imagina. O que eles fizeram? METE OUTRO IMPOSTO AI NA GALERE. Daí o nome bitributação. Os consumidores tão sendo obrigados a pagar duas facetas da mesma taxa sobre comprar online(acima de 500 reais, até onde pude confirmar.)
É uma coisa ridícula, mas parece que as leias sobre o comércio virtual ainda são muito indefinidas para que se possa combater a medida. Segundo o advogado da Câmara do comércio eletrônico, “O que esses estados alegam é que sites são uma extensão dos estabelecimentos comerciais e, por isso, os produtos devem ser tributados no local onde são consumidos”, explicou o advogado. “Temos um vácuo legal”.
Porra, é totalmente imbecil que o comprador arque com a disputa fiscal de dois estados, já que não se é decidido onde tem que parar o imposto. Mas a galere que votou a favor apresenta um argumento: "É pra fortalaecer o mercado local.". Porra, eles acham que a galera da comprando o que na internet? Arroz e feijão?! Que tão comprando na internet porque é mais divertido?! Fortaleçam o mercado local fazendo ele ser forte, cacete. Não fodendo com a vida de consumidores.
Mas calma, felizmente em grande maioria dos estados em que o protocolo foi assinado(a saber: Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Roraima, Rondônia e Sergipe, além do Distrito Federal.), o estado vetou a bitributação. No Ceará, no entanto, por exemplo, ela ocorre desde 2008. salci fufu.
Mais especificamente na Paraíba, onde a bitributação começou recentemente, um tal de Hervázio Bezerra(PSDB) alegou que mesmo que prejudique o consumidor final(pra quem ele ta pouco se fodendo, claro), a medida ainda ajuda a controlar o comércio - que segundo ele - muitos vezes é ilegal. Hein?
Quando perguntado então porque a oposição de tantos outros Estados que disseram não á bitributação, ele responde: "Se existem decisões contrárias, também existem favoráveis". PUTA MERDAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA. Esse cara é um gênio! Onde ele tava esse tempo todo?! CACETE. Elejam esse cara presidente!
Eu não entendo muito de direito e essas paradas, então posso ter interpretado algumas coisas de maneira equivocada. Mas até onde vi, isso aí ta muito errado. Mesmo.
Internacional:
Spoiler:
Venezuela vive o pesadelo do controle de preços por popocake
A Venezuela vive uma ditadura, todos sabemos. A democracia lá existe apenas no nome e já não engana mais ninguém: o governo expropria empresas todos os dias, todos os jornais e emissoras de TV com linha editorial contrária ao governo foram fechados, um batalhão de sindicatos pelegos serve de braço armado do governo para encher os opositores de porrada, os juízes todos são ele que aponta e todas essas porcarias que costumam vir com ditaduras repressivas. Sob o seu governo o desemprego se alastrou e a inflação subiu. Ele chama isso de "socialismo do século XXI" ou de "socialismo bolivariano". De todos esses males, Chávez parece ter elegido a inflação como a maior inimiga atual do seu governo, e com razão: a inflação corrói a economia, desvalorizando a moeda, criando instabilidade, imprevisibilidade e tirando o poder de compra das pessoas - e o apoio popular é importantíssimo a um governo que ainda tenta manter aparências de democracia e civilização.
No ano passado a tática era obrigar que supermercados privados exibissem dois preços para todos os produtos: o "preço capitalista", que o supermercado dava, e o "preço justo", que o governo dava. A ideia era mostrar que a subida nos preços se devia à ganância privada. No auge da campanha, Chávez ia pessoalmente em propagandas televisivas anunciar produtos sino-venezuelanos com preços "justos":
Desnecessário dizer que não deu certo. Os produtos chavistas eram de péssima qualidade e mesmo assim logo o preço deles também inflou. Os produtos com preços subsidiados sumiam logo dos supermercados estatais e eram revendidos no mercado negro.
Esse ano a estratégia é outra: congelamento de preços. A ideia é que se os preços não subirem a população não seria afetada pela inflação. Nós já tentamos algo semelhante no Brasil no governo Sarney, mas não deu certo. E não dá certo por um motivo óbvio: a medida não combate a inflação, só uma consequência dela, que é o aumento de preços. Com os preços artificialmente baixos todo mundo vai correndo ao mercado comprar o que puder, gerando desabastecimento generalizado. Logo os donos de mercados começam a criar "estoques pessoais" de produtos, para vendê-los por trás a preços ainda mais elevados que antigamente, já que são os únicos produtos disponíveis. Em resposta, o governo contrata mais gente para atuar como fiscais (o que aumenta a inflação), que para não quebrar a economia vão deixar que os estabelecimentos comerciais funcionem desde que paguem alguma propina.
Controle de preços é sinônimo de piora na economia e aumento de ilegalidades múltiplas. Foi assim em todos os países que o adotaram e será assim na Venezuela.
Cotidiano:
Spoiler:
---- por Eurritimia
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Ciência / Tecnologia:
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Modo co-op por Gabs
Todos se lembram de que tempos depois do lançamento do Kinect, foram criados muitos mods estranhos, bizarros, e também outros bem interesantes.
E é a este último grupo que a Microsoft pretende se aliar. A união entre a empresa e os desenvolvedores se faz por uma iniciativa denominada Kinect Accelerator[ http://www.microsoft.com/bizspark/kinectaccelerator/ ]. Nela, segundo a página aí da Microsoft, 10 finalistas serão bancados e obterão acesso a equipamentos, métodos, táticas de mercado(e óbvio, grana), para botar em prática suas idéias inovadoras que agradarem a Mic, que depois eles mesmo, os criadores, demonstrarão para quem estiver interessado na compra numa demonstração para investidores. Negócio bacana hein.
Eu sou muito a favor disso. Já vimos que algumas pessoas criaram por aí uns hacks bem legais, e muitas novidades para nós gamer podem surgir daí. É o que eu espero, pelo menos, que eles se concentrem em deixar o Kinect mais próximo de todos jogadores, melhorando suas funções. Torçamos para que isso de fato aconteça com essa iniciativa.
Há pouco tempo vi essa matéria sendo compartilhada. Ela fala sobre a migração da galera do orkut pro facebook. Inclusão digital, eu diria. Em resumo, o autor apontou escrotices que acontecem quando a galera não sabe usar o facebook, tais como a Instituição de Ensino "Completo" (https://www.facebook.com/pages/completo/131023580266761), o tal do "retweet" de imagens unfunny e as filosofeiras.
Eu mesmo, por ignorância, já compartilhei muita porcaria no twitter e ultimamente no facebook, tanto que já me chamaram atenção por ter saturado a página de um amigo na rede social com imagens do 9gag.com. Fiquei um tanto receoso de compartilhar qualquer coisa depois disso. Hoje eu tento evitar cada vez mais de compartilhar algo que não atenda os conceitos do Facebook, ou que não agrade as pessoas que me seguem.
Gostaria que meus amigos do twitter e do Facebook fizessem o mesmo.Tem gente, até aqui da HS (cujos nomes, Eurritimia e Berry, não vou citar) que atingem um extremo de compartilhamento de porcaria no Facebook e outro de encheção de saco com as conversas pelo twitter. Se vocк segue os dois, no horário em que eles estão na rede, você não segue mais ninguém. Só dá os dois conversando. Entгo eu peço que se controlem, pelo bem da nossa amizade.
E não foram só estas redes sociais que a bagunça dos brasileiros burros atingiu: o 9gag.com é composto em sua maioria de usuários brasileiros. Quando comecei a frequentar o site, era um ou dois posts numa página que não me arrancavam uma gargalhada. Hoje tá difнcil. Os brasileiros postam tirinhas com rage faces além do necessбrio, postam tirinhas criadas pelo responsável pelo blog Ñintendo (com a logo do site na imagem), e têm a pachorra de copiar uma imagem recém-postada e postar, sem nem mesmo tirar a marca d'água do 9gag. Uma vergonha.
Esse negócio de impostos estaduais é bem interessante. Um dos maiores empecilhos ao desenvolvimento no Brasil é que temos muitos tributos e eles são bem complicados de se gerir (um dos sistemas mais complicados do mundo), o que cria um custo adicional indesejado ao investidor. Brasileiro ou estrangeiro, quem investe no Brasil tem de pensar 10 vezes antes de colocar dinheiro num negócio por aqui.
Para tentar remediar a situação, alguns estados diminuem impostos como o ICMS de certos produtos para atrair empresas - a essa prática dão o nome alarmante de "guerra fiscal". Obviamente não é bem uma guerra, só uma competição saudável entre estados pra ver qual tem condições mais favoráveis para a instalação do capital produtivo. Quando uma empresa diminui o preço de um celular ninguém a acusa de promover uma "guerra telefônica", pelo contrário: comemoram que o capitalismo funciona. Bem, mas a lógica dos governos é toda invertida, e a competição é considerada péssima, terrível e feia onde quer que seja praticada.
Mas essa é só a faceta bacana da disputa tributária entre estados, que tem uma outra, essa aí do texto do Gabs. Estados têm gastos e precisam arrancar dinheiro das pessoas que nele vivem para custear o monte de funças e programas assistenciais populistas de sempre... só que muitas vezes nesses acordos fiscais o estado acaba se comprometendo a cobrar nada ou quase nada pro investidor se instalar no seu quintal. Uma das soluções é tentar arrancar o máximo possível dos vizinhos. Daí o porque de coisas como bitributação ou a partilha dos royalties de petróleo, outra polêmica da atualidade.