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Assunto: Hacredão #9 05.02.2012 Dom Fev 05, 2012 5:32 pm
politica/economia
- governo: sete em cada dez projetos de habitação popular não saem do papel - crise: olha o anúncio da bolha imobiliária aí - segurança: policiais e bombeiros da Bahia entram em greve - segurança: em 2001 Lula era 100% pro-greve de PMs... - intervencionismo: nanny of the month - january - tributos: nem prêmios internacionais escapam do leão - saúde: cientistas advertem: açúcar vicia tanto quanto álcool
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Nos dê seu dinheiro, Pégasooooo! por Headbanger
A Grécia, como todo mundo sabe, tá passando por uma crise pesada. O país está tendo dificuldades pra acertar dívidas que fez na última década (eu sempre penso de 1990~2000, mas é do século XXI mesmo) pedindo empréstimos pesados, o que a deixou à mercê das dívidas. Os gastos públicos foram às alturas nesse período, enquanto também aumentaram os salários do funcionalismo em praticamente o dobro.
Hoje a dívida da Grécia é por volta de 140% do PIB do país. Para participar da zona do Euro, a Grécia assinou um pacto de estabilidade que impõe que o limite de dívida de até 60% do Produto Interno Bruto. Não preciso comentar que a Grécia atropelou esse limite, né.
Enquanto torravam a grana, a receita sofria com a evasão de impostos. Quando o mundo foi afetado pela crise de 2008, a Grécia ficou totalmente vulnerável. Essa dívida colossal deixou os investidores relutantes na hora de emprestar dinheiro pro país. Estão exigindo juros bem mais altos pra novos empréstimos que refinanciem essa dívida.
Em 2010, a Grécia ao ser pressionada, aceitou um pacote de ajuda dos países europeus e do Fundo Monetário Internacional de 110 bilhões de euros por três anos. Como medida para diminuir o problema, a Grécia também aumentou os impostos de combustíveis e tabaco em 10%, além de reduzir os salários do setor público. E adivinha a reação da população?
Apesar do empurrão do pacote de ajuda, a Grécia continua empacada. Foi aprovado, em meados do ano passado, mais um pacote de ajuda de cerca de 109 bilhões de euros, vindos da União Européia, do FMI e do setor privado. Em outubro os líderes da zona do euro firmaram um acordo com os bancos para os quais a Grécia devia. Só esse desconto aliviou em aproximadamente 100 bilhões de euros de despesas, diminuindo em 50% a dívida. Depois de toda essa ajuda, as despesas agora são "só" 140% do PIB da Grécia... faça as contas pra saber como a situação estava.
Em novembro, o primeiro-ministro anunciou que seria realizado um plebiscito para decidir sobre a aceitação do novo pacote. A expectativa era de que o plebiscito aprovasse a medida, mas estudos apontaram que 60% da população grega via a medida como negativa. A convocação do referendo sofreu rejeição da oposição e dos próprios membros do partido do primeiro-ministro, George Papandreou, deixando o governo enfraquecido, provocando o pedido de eleições antecipadas e a formação de um governo de salvação para aceitar o plano de ajuda. Mas o país desistiu de realizar a votação e Papandreou afirmou que formaria a aliança de partidos para apoiar o pacote de ajuda oferecido em outubro. Por enquanto o pacote ainda não foi aceito.
Um estudo mostra que a maioria dos alemães quer que a Grécia deixe a zona do Euro. O medo que os países do bloco do Euro tem é de que a Grécia declare a moratória, isto é, deixar de pagar os juros das dívidas ou pressionar os credores a aceitarem pagamentos menores, perdoando uma parte da dívida. As taxas de juros já estão sendo mantidas baixas justamente para evitar que isso aconteça. Se acontecer, é capaz que países como Portugal e Irlanda pegassem o vácuo do calote, além de aumentar o custo para empréstimos feitos pelos países menores da União Européia que mal conseguem pagar as dívidas em dia. A maior preocupação é se essa crise atingir a Espanha. A economia da Espanha é praticamente as economias da Irlanda, Portugal e Grécia somadas. A UE ralaria o cu pra estruturar uma salvação pra Europa.
internacional
- Síria: governo sírio lança tanques contra rebeldes - Cuba: governo cubano quer despedir funcionários públicos, mas pra onde eles podem ir depois disso? - Cuba: em visita, Dilma desconversa e diz que violações de direitos humanos ocorrem em todos os países - terrorismo: 11% dos detentos libertos de Guantánamo volta ao terrorismo - Espanha: a arte de piorar o currículo pra conseguir empregos ruins - Espanha: brasileira é presa por manter estufa de maconha dentro do próprio apartamento - Europa: onda de frio intenso já matou mais de 100
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Negócios são negócios por Herr Mizukage
Há meses vêm ocorrendo na Síria várias insurgências contra o atual regime do país, liderado por Bashar al-Assad. Na madrugada de sábado a cidade de Homs foi alvo de um bombardeio que atingiu áreas residenciais, e estima-se mais de 200 mortos no ataque. Segundo ativistas esse bombardeio foi uma represália a rebeldes que tomaram controle de alguns bairros há uns dias.
Este foi mais um dos muitos ataques perpetrados pelo regime desde que o país ganhou mais destaque na tal "Primavera Árabe". De lá pra cá houve muitos confrontos com as forças opositoras ao regime resultando, obviamente, em mais fatalidades.
Em meio a estes últimos acontecimentos, Obama apelou para César e instou ao Conselho de Segurança da ONU a passar uma resolução que aprove a retirada de Assad do poder, com a votação prevista para este sábado (4/2). Essa resolução vem justamente durante o 30º aniversário do Massacre de Hama, que ocorreu durante o regime de Hafez al-Assab, pai de Bashar. A decisão não agradou a Rússia, que possui relações com o país, para o qual vende armas, e o Ministro de Relações Estrangeiras, Sergey Lavrov, expressou objeções à resolução enquanto não fossem feitas algumas emendas. Segundo ele, com essa aprovação a Rússia acabaria tomando partido e ficando em uma situação desfavorável, e também a resolução não fazia muitas ressalvas aos atos dos opositores.
Em outubro do ano passado a Síria também foi vítima de uma resolução da ONU que ameaçava sanções ao país caso a repressão continuasse, mas ela foi vetada pela Rússia e China. E parece que hoje, mesmo após insistência e tentativas de convencimento, a resolução foi vetada por estes mesmos países contra votos dos outros treze membros do Conselho de Segurança.
Em sua defesa, Lavrov disse que é uma decisão irrealista achar que uma resolução dessas faria a Síria recuar, enquanto rebeldes continuam tentando ocupar as cidades. Apesar das várias críticas sofridas a Rússia já deixou claro que não pretende impor um embargo de armas e nem sanções econômicas à Síria.
- Rio: bueiro explosivo deixa um morto e dois feridos - intervencionismo: novo projeto de lei pretende punir com prisão quem vende salta alto para crianças - futebol: é oficial: cerveja nos estádios tá liberada! - petróleo: pré-sal começa a ir água abaixo - ironia: hippie defensora de partos domiciliares morre ao dar à luz em casa - internet: Mark Zuckerberg com salário de 1 dólar por ano - USP: 'Foreign Policy' recomenda a universidade a jocks mal sucedidos - humor: justiça proíbe Rafinha Bastos de vender seu dvd humorístico - violência: defensores de mendigos são espancados na rua - saúde: liberou geral - cerveja faz bem pra saúde - artes: brasileiro é eleito melhor bailarino do mundo - hobbies: poker é reconhecido como esporte pelo governo - aviação: passagem para o Japão é mais barata que para o Acre
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Pelo direito de ser mau atendido por popocake
Esses dias eu ouvi uma história de um colega de quando ele e mais 20 amigos, alguns deles menores de idade, estavam em uma lanchonete e ele pediu um chopp. O garçom recusou-se a fornecer o produto, por conta da nova lei que proíbe o consumo de álcool por menores. Esse meu colega fez um escândalo, apoiando-se no Código de Defesa do Consumidor, dizendo que um estabelecimento comercial não pode recusar atendimento a quem se identifica como cliente. E realmente é isso mesmo que a lei diz. Mas isso está certo?
Recentemente, um casal gay teria sido convidado a se retirar de uma lanchonete em São Paulo, supostamente porque o proprietário do local não gostava de viados.Inconformados, os gays notificaram alguns órgãos de repressão estatal, além de fazerem um "beijaço" na frente do local.
Mas não é um absurdo tudo isso? Não sei vocês, mas eu vejo essas coisas e penso "mas qual o problema de uma pessoa não querer vender alguma coisa ou prestar algum serviço a outra?". Se o consumidor tem o direito de comprar o que quiser, quando quiser, de quem quiser, então seria só sensato que o comerciante também tivesse as mesmas prerrogativas na hora de vender. O ato de compra e venda é voluntário, afinal de contas, não podendo por uma questão lógica ser forçado.
No caso do meu colega a lanchonete evidentemente só estava tentando adequar-se à nova lei para não ser multada, mas no caso dos gays aí a coisa parece bem esquisita. Se não houvesse essa obrigatoriedade da lei para que o estabelecimento servisse a todos, ou seja, se cada um fosse livre para vender pra quem quisesse, os gays não teriam uma vida muito melhor, já que saberiam de antemão quais os lugares que não servem esse público? Quantos vexamos e embaraços não seriam evitados dessa forma! Mas não, esse povo faz questão de ser atendido onde sabe que o dono não gosta deles... é masoquismo, parece.
Essa profusão de direitos e obrigatoriedades da nossa era é uma vergonha. Tem que ser muito babaca pra ficar se apoiando nessas leis nada a ver só pra encher o saco dos outros.
ciencia/tecnologia
- internet: anonymous promove ataque a bancos - saúde: ultrassom nos testículos pode ter efeito contraceptivo - saúde: cientistas advertem: álcool vicia - saúde: empresas farmacêuticas e Bill Gates contra as doenças tropicais - saúde: um copo de leite por dia ajuda o célebro - energia: maior cabo supercondutor do mundo será instalado na Alemanha - internet: google maps é condenado a pagar 500.000 euros a rival por manter serviço free
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rage
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popocake Tenente-Coronel
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A embaixada dos Estados Unidos no Brasil emitiu dois alertas para cidadãos norte-americanos que venham visitar a Bahia por causa da greve da Polícia Militar no Estado e o consequente aumento da violência, principalmente na região metropolitana de Salvador. A primeira mensagem foi liberada na sexta-feira e uma nova, com atualizações, nesta segunda-feira, 6, aconselhando inclusive que qualquer 'viagem não essencial' deveria ser adiada.
"Houve relatos de saques em lojas, bloqueios de ruas e arrastões. As forças de segurança nacional do Brasil foram chamadas para manter a ordem e, segundo consta, já estão destacadas na cidade", diz o primeiro comunicado. "Até o momento, não houve relatos de violência contra cidadãos americanos na área", ressalta.
As notas ainda citam que as taxas de roubos e homicídios tiveram aumento com a paralisação, apesar de a Força Nacional de Segurança e o Exército já ocuparem as ruas da Bahia. "Todas as escolas particulares de Salvador foram fechadas e as públicas estão com frequência muito baixa", acrescenta.